Paratleta com Síndrome de Down ganha o Meeting Brasileiro de Atletismo


O PEC (Programa Esportivo Comunitário), tem revelado alguns nomes que dão mais esperanças de um futuro ainda mais vencedor.

Nos últimos dois anos, São Caetano do Sul tem recuperado seu posto de protagonista, quando o assunto é esporte.

É o caso, por exemplo, do paratleta Mario Torres Filho, de 16 anos, que obteve o 4º melhor tempo do Mundo na categoria Síndrome de Down (14 segundos e 34 centésimos) ao vencer os 200 metros rasos e ficar em segundo lugar nos 100 metros rasos, no Meeting Brasileiro de Atletismo, realizado pela ABDEM/CBDI (Associação Brasileira de Desportos de Deficientes Mentais/Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Intelectuais).

A competição ocorreu entre os dias 21 e 23 de abril, no Centro de Treinamento Paralímpico de São Paulo, na Rodovia dos Imigrantes, em São Paulo, e contou com 240 participantes de seis estados.

Essa foi a primeira competição do novo fenômeno do paratletismo. “Esta foi a minha primeira competição e eu estava nervoso, mas consegui correr muito e ganhei. Foi muito bom”, comentou Mario, em sua simplicidade de criança.

SUPERAÇÃO
A história de superação do Mario iniciou-se ainda lá em Cuiabá (MT), onde morava com os pais Mario e Lucineia, e os irmãos Abimael e Leonardo, quando seus pais se decidiram vir para São Paulo em busca de melhores oportunidades para os 3 filhos, incluindo Mario.

Já na capital, alguns conhecidos do senhor Mario, pai do nosso paratleta, citaram a existência de um programa social esportivo (PEC) no Clube São José, que seria o que eles estavam procurando para os filhos.

“Primeiramente, fui até o clube de bocha, onde me disseram que o atletismo era no clube da (avenida) Guido Aliberti e era para eu procurar a professora Tita. Foi o que fiz e estamos aqui”, relembrou seu Mario, emocionado e orgulhoso do feito do filho, mesmo sem ter noção exata de que Mario Filho tem hoje o 4º melhor tempo do Mundo para a categoria.

A professora Tita (Maria Aparecida de Jesus, coordenador do PEC Atletismo) ao receber os três meninos não demorou muito para perceber que Mario Filho tinha certo potencial e, sem pestanejar, pediu um acompanhamento mais de perto do professor Maurício Martins dos Santos, quer trabalha com auxiliar da B3 e faz voluntariado junto ao PEC Atletismo.

“Nas primeiras vezes que vi o Mario (Filho) correndo percebi que ele tinha condições de competir e avisei a Tita. Acredito que estávamos certos né”, sorriu Maurício.


– Fonte, foto e texto: PMSCS


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