Saída da informalidade transforma a vida de Confeiteira em São Caetano


Juliana Lisboa saía todos os dias às ruas para vender os doces que fazia em seu apartamento, no Bairro Santa Paula, em São Caetano do Sul.

Carregava as pesadas bolsas térmicas nos ombros enquanto ia empurrando o filho Heitor, de 1 ano, no carrinho de bebê. Todo este esforço no fim do mês rendia R$ 800, em média.

Mas esta realidade mudou completamente. E para melhor, com o rendimento multiplicado por sete e chegando a até R$ 6 mil ao mês.

Em uma palestra sobre bolos, Juliana teve um estalo. Para aumentar a renda, era preciso ampliar a produção. E, para ampliar a produção, era preciso formalizar o seu negócio. Foi o que ela fez.

No Atende Fácil, posto de atendimento da Prefeitura, recebeu todo o apoio que precisava da Sedeti (Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Turismo, Tecnologia e Inovação) para tornar-se uma MEI (microempreendedora individual).

E, em 7 de setembro de 2018, conquistou a sua independência financeira.

A formalização abriu caminho para o rápido crescimento do negócio, que ganhou um nome: Ju Lisboa Cakes. Em poucos meses, Juliana acumula muitas conquistas: conseguiu criar conta em banco, obter a sua maquininha de cartão de débito / crédito, comprou um carro para o deslocamento do dia a dia, ajuda nas despesas do lar e ingressou no curso de Confeitaria e Panificação do IGA (Instituto de Gastronomia das Américas), que tem o apoio do renomado chef francês Erick Jacquin, um dos jurados do programa Master Chef, da TV Bandeirantes.

Não para por aí. Lembra do Heitor? Graças à formalização, Juliana conseguiu comprovar atividade profissional e, consequentemente, matricular o filho (hoje com 2 anos) na EMI (Escola Municipal Integrada) Fernando Pessoa – a filha mais velha, Alice, de 7 anos, é aluna da Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Luiz Olinto Tortorello.

“Aquela palestra despertou a minha paixão pelo mundo dos doces”, lembra Juliana, que fazia apenas pirulito de chocolate e, hoje, tem no cardápio bolos, cones, tortas, palhas italianas, pipocas cobertas com chocolate e muito mais. “Nada é fácil. Mas quando fazemos com amor, qualidade e coragem, Deus abençoa.”

Com as orientações que recebe da Sedeti, Juliana já traça planos para continuar fazendo o seu negócio crescer. Alugou um ponto comercial para trabalhar (a cozinha do apartamento ficou pequena diante de tantos pedidos), quer abrir uma loja, contratar assistentes e fazer faculdade de Gastronomia.

A transformação na vida da pernambucana, que chegou ao município com o marido há 5 anos, inspira a família. “Escolhemos São Caetano para morar porque não tem comparação com outras cidades. Aqui é modelo”, avalia, revelando que o cunhado, que morava em Guarulhos, e a sogra, em São Paulo, também se mudaram para São Caetano após conhecer a cidade.

MEIs
O número de MEIs (como a Juliana) cresceu 50% nos últimos anos em São Caetano do Sul, atingindo 8.519 profissionais – no total são 31.527 empresas abertas na cidade.

A Sedeti mantém convênios que favorecem a formalização, como o posto de atendimento do Sebrae Aqui, de consultoria, e o Escritório Regional da Jucesp (Junta Comercial do Estado de São Paulo), que recebe os processos para a formalização de empresas.

Todos os departamentos funcionam no Atende Fácil (Rua Major Carlo Del Prete, 651, Centro).


– Fonte, foto e texto: PMSCS


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